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  A Imigração Polonesa e Religião 
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 A Imigração e a Religião na Colônia Dom Pedro II 

        A imigração europeia do final do século XIX e início do século XX, se concentrava nas Colônias próximas às paróquias ou igrejas católicas, tendo em vista que a religião oficial do Brasil era o catolicismo. No âmbito da imigração, a igreja católica mediou entre o Estado e os imigrantes no Paraná (WACHOWICZ, 1970).

     A Colônia Dom Pedro II teve a sua fundação em 1876, para receber 32 famílias de imigrantes europeus: poloneses, franceses e suíços. Os imigrantes, desde o início da colonização, buscavam o apoio espiritual na Igreja da Colônia Orleans, junto aos Padres poloneses de distintas Congregações, que atendiam essa Colônia. Nesse período com a ausência de igrejas próximas da colonia, os imigrantes construíram algumas Cruzes nas Colônia e praticavam a sua religião e fé.

     A Colônia Dom Pedro II, por ser um núcleo menor e mais distante da capital da província a 15 km, o governo não dava o apoio necessário, os imigrantes se ajudavam entre familiares, parentes e amigos e com o apoio do clero, Padres católicos (1875) e Freiras da Congregação da Sagrada Família (1908). A vida espiritual e religiosa  foi se estruturando juntamente com o desenvolvimento da Colônia, desde o início da imigração.  

     Na 1ª Capela provisória (1933) Nossa Senhora da Anunciação, junto a escola étnica, os imigrantes passaram a participar de Celebrações Eucarísticas e de atividades religiosas. Havia Celebrações de Missas, nas sextas feiras pela manha e no 3º domingo de cada mês, havia celebração da Missa no horário das 15hs.

      Posteriormente, começaram a construção de uma nova Capela de alvenaria, mais no alto da Colônia, inaugurada em 1950. 

    A nova Capela foi construída, ao lado da 2ª Escola (1ª Escola pública/1946). E em 20/12/1974 por um Decreto assinado pelo Arcebispo Metropolitano de Curitiba, Dom Pedro Fedalto, a Capela da Colônia Dom Pedro II foi desmembrada da Paróquia de Nova Orleans e foi transformada em Paróquia Nossa Senhora da Anunciação da Colônia Dom Pedro II. O 1º Pároco, o Pe. Wendelin Swerczek, tomou posse no dia 06/01/1975. Neste dia foi instituída a 1ª Comissão da Paróquia. Nessa paróquia em seu projeto pastoral e administrativo foram instituídas seis Capelas, que integravam a divisão da Diocese de Curitiba (LIVRO TOMBO DA COLÔNIA DOM PEDRO II, 1876). 

     Em 2013, com a nova divisão paroquial realizada pela Diocese de Curitiba, a Paróquia Nossa Senhora da Anunciação passou a se compor pelas seguintes Capelas: A Capela Nossa Senhora da Luz, na Colônia Figueiredo; São Miguel e São Justino de Jacobis, na Colônia Rodrigues; Nossa Senhora Aparecida, no Bairro de Cercadinho e São Pedro, na Vila Dom Pedro. A capela do Pioneiro foi desmembrada para paróquia de Santo Antonio de Campo Magro e a Capela N.S. Perpétuo Socorro de Santa Cecília para Paróquia de Curitiba.  

     A atual Igreja teve a obra iniciada em 22/09/1980 com a ajuda da comunidade. Foi construída em "Formato de Navio", em homenagem aos imigrantes poloneses desta colonia. Foi inaugurada no dia 20/03/1983 pelo Bispo Dom Ladislau Biernaski (LIVRO TOMBO DA COLÔNIA DOM PEDRO II, 1876). 

       Os Padres Católicos da Congregação de São Vicente de Paula mantém a Paróquia Nossa Senhora da Anunciação da Colônia Dom Pedro II/ Campo Largo PR. São vinculados ao Seminário Nossa Senhora das Graças/Curitiba. 

     Na Paróquia existem vários Movimentos Religiosos, trabalho de várias pastorais e projetos. Os Seminaristas também desenvolvem um trabalho missionário, junto a Paróquia e nas quatro capelas assistidas nas comunidades pelos movimentos religiosos da Paróquia.  

       

         Relação de Padres - Trabalho Missionário na Paróquia 

       Desde a instituição da Paróquia Nossa Senhora da Anunciação no dia 06/01/1975, pelo Pe. Wendelin Swerczek, vários párocos  e vigários integraram essa Paróquia. Entre eles encontram-se os seguintes:

 1. O primeiro vigário desta Paróquia foi: Pe. Wendelin Swerczek – 1975 – Pároco

 2. Pe. Jorge Morkis – 1978. – Pároco.

 3. Pe. Augusto Selenka – 1978 - Auxiliar

 4. Pe. Leopoldo Gogol – 1979 - Pároco

 5. Pe. Ricardo Gogola – 1979 - Auxiliar

 6. Pe.Albino Czanoski – 1980 - Auxiliar

 7. Pe. Bronislau Koslowski – 1980 – Auxiliar

 8. Pe. Eugênio Wisniewski – 1983 – Pároco.

 9. Pe. Pedro Speri (Piti) – 1985 - Ad. Paroquial

 10. Pe. João Pawlik – 1985 - Auxiliar

 11. Pe. Luís Czarnecki – 1986 - Pároco

 12. Pe. Jorge Morkis – 1989.  - Pároco

 13. Pe. Victor Paszek 1991 – Ad. Paroquial

 14. Pe. Gilson Cesar de Camargo – 1992 – Pároco

 15. Pe. José Carlos Fonsatti – 1995 a 2004 - Pároco

 16. Pe.Esnislaw Slowik -2005 - 2016

 17. Pe Ilson Hubner - Pároco -2016 à ago/2018 atualmente vigário 

 18. Pe. Luis Czarnecki  Vigário 2017 ate ago/2018

 19. Pe. Joélcio Saibot - Pároco ago/2018 a março de 2020.

 20. Pe. Pedro Valeriano Klidzio  - Pároco março de 2020 a 14/02/2021. 

 21. Pe.  Gilson Cesar de Camargo - Pároco  - de  14/02/2021 a ....

         

      Celebrações religiosas  - Polonesas

     Durante o ano litúrgico, desde as primeiras décadas da emigração, os poloneses, tem por tradição da fé católica, participar das várias celebrações religiosas. Entre as festas religiosas, encontram-se as do período de Natal, a quaresma, Benção de Ramos, Corpus Christi, celebrações do dia da Padroeira (25 de março). Os meses de maio e outubro são dedicados à Nossa Senhora, onde se realiza a reza do terço e ladainhas. E no dia 15 de agosto se realiza na igreja a Benção das flores e ervas. Há as celebrações de finados e entre outras celebrações do Dias de alguns Santos da Igreja. 

     Na quaresma são importantes as celebrações, o período de jejum e abstinência, com celebrações acompanhadas de canções em polonês, (Gorzkie żale) canto de lamentações da vida de crucificação de Jesus e a Via Sacra.

    No sábado de aleluia celebram a tradição da  "Bênção de Alimentos" e a Páscoa da Ressurreição, um período de renovação espiritual.

    No período que antecede o Natal a comunidade celebra o Advento com as novenas de Natal. É o tempo de preparação espiritual para as festas Natalinas e a decoração das casas.

   A celebração do Natal em família, ocorre com a partilha do pão ázimo, entre os membros da família antes da ceia. No período de Natal, celebram o nascimento de Jesus, com os cantos poloneses, entoando às (kolendy ).

   Após o Natal se realiza a "Bênção de casas" dos poloneses, pelo Pároco da Igreja Católica da Colônia, celebram as (kolendy  na ocasião do Dia de Reis. As famílias realizam rezas do terço em família. E conforme o costume, no funeral as famílias poloneses da Colônia, velam o falecido na casa da família do falecido. Seguem a tradição de rezas e cantos poloneses, e na saída de casa para as exéquias, fazem a reverencia por três vezes, com o caixão, na porta de sua casa, com palavras de louvor a Deus em polonês."Niech będzie pochwalony nasz Pan Jezus Chrystus" Que seja louvado Nosso Senhor Jesus Cristo (SIKORA, 2014).

    

    Celebração da Festa  das  colheitas e Cultural 

    Desde  1962  se realiza a Festa da Batata, com Missa de Ação de Graças, almoço festivo e diversas atrações, jogos e sorteios. A partir do 2º Domingo de julho de 1997 acrescentou-se a esta Festa,  a Cultura Polonesa, com desfiles, almoço festivo e diversas atrações, jogos e sorteios, comidas tipicas, passeios de carroça, visita ao Museu, bandas de musica polonesa e danças folclóricas.  

 Conteúdo acima, em partes, extraído da pesquisa descrita na Dissertação de Mestrado. No uso de conteúdos (citações em estudos e pesquisas),  favor referenciar os Autores, sob consulta.  Link para Dissertação: Link - CT_PPGTE_M_Sikora, Mafalda Ales_2014.pdf

 

As Fotos do Site: São de uso exclusivo desta pesquisadora. 

SIKORA, Mafalda Ales. As políticas de imigração no Brasil nos séculos XIX e XX e o desenvolvimento de territórios: Estudo de Caso da Colônia Dom Pedro II - (Campo Largo – Paraná) 2014. 210 f. Dissertação (Mestrado em Tecnologia) – Programa de Pós-Graduação em Tecnologia, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2014.    

Publicação e fotos de Mafalda Ales Sikora

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